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Carnaval

Minhas campeãs

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Devo começar dizendo que não vi a Vila inteira. Precisei sair antes e vi 30% apenas. Então, sobre a Vila, possível campeã, minha avaliação ficou prejudicada.

Bom explicar também aos milhares de “entendidos”  de carnaval só em fevereiro que no sambódromo você vê uma coisa, na tv outra. E no setor que estou vejo uma coisa, em outros setores vemos outra. Por isso temos jurados em vários pontos. Estive no 11, recuo da bateria, parte final do desfile.

O carro da Mocidade “bateu” na minha frente. Para vocês saberem onde estive. Logo, se houve uma correria ou um erro grotesco no começo do desfile de alguém, não vi. E é isso que no final sempre diferencia a nota dos jurados das pessoas que foram lá ver.

Mas, enfim.

Renascer de Jacarepagua – Não tinhamos muita expectativa e se confirmou. Enredo pouco popular, escola menos ainda. Fez um desfile bacana, mas deve brigar pra não cair e deve cair.

Portela – Enfim, Portela! Fazia tempo que não aparecia, resolveu aparecer com um samba espetacular e um desfile muito bom. Não acho que tecnicamente e nem em relação a fantasias e alegorias seja igual outras favoritas. Mas fez um desfile pro povo e só por isso merece voltar sábado já.

Imperatriz – Bom samba, enredo meio repetido, mas tinha até material pra um bom desfile. Só que deu tudo errado. Buraco, correria, carro quebrado… Sei não.  Pode ser uma apuração tensa pro pessoal da Imperatriz. Mas, sinceramente, se cair, talvez sirva pra mudar algo que a escola parar de fazer carnaval frígido.

Mocidade – Sou suspeito, mas a propria avaliação da tv não nega. Fizemos um puta desfile legal, com um enredo nada popular, um samba poetico mas também de refrão comum e saimos com gritos de “é campeã”. Se a evolução perder pouco ponto pelo problema no abre alas, disputa até titulo. Mas de qualquer forma, voltar sábado é o mínimo pelo que foi apresentado.

Porto da Pedra – Escola com dinheiro, desfile com algum luxo mas…. Iogurte?  É uma auto-complicada responsa.  Qualé a possibilidade deste enredo dar um desfile muito bom? Então… briga lá atrás também.

Beija-Flor – Dez! Ops, não, calma.  Desfile técnico, chato,  escuro, muito longe do que esperávamos para ver São Luis do Maranhão. Se o enredo fosse Piratas do Caribe tava ótimo. Não era, então… ficou estranho.  Não gostei. Deve voltar pelo luxo.

Vila Isabel – Como disse, vi o começo só. E pelo que vi, a melhor comissão de frente do carnaval.  De resto não posso avaliar.

Sào Clemente – Carnaval de fato, com enredo nobre, porém, que ficou divertido e simples na avenida. Os caras são demais! Mantém a raiz da escola e a irreverência tradicional ao invés de babar pra jurado. Merece voltar nas campeãs! Pro povo, pra brincar, pra se divertir, o melhor desfile do ano.

Ilha – Longe de 2011 onde pegou fogo, pode? Falar de Londres ficou muito no basicão.  Nada surpreendeu, foi um desfile “ok” eu diria.  Uma pena porque o samba era bom.

Salgueiro – Parece que teve problemas na entrada. Não vi, o que vi foi um desfile pra título. Deve perder pontos nos erros da concentração, mas, como não vi, não sei o tamanho. Desfile muito bom. Eu não conhecia o enredo o suficiente pra avaliar com detalhes. Mas o desfile foi muito bom.

Mangueira – Olha só. A idéia é do caralho. Mas não é muito possível que você faça uma pausa na bateria e uma roda de samba onde apenas o setor que está passando ouça. Não sei se falha do som, se idéia dos caras, mas não funcionou na avenida. Só o setor de onde estavam ouvia e aplaudia. O resto da avenida cantava com “dó” pra ajudar pois parecia uma falha no som do sambódromo.  Isso vai quebrar a harmonia da escola.  Se tiver 10 em harmonia é falta de critério. De qualquer forma, carros comuns, desfile comum com uma idéia do caralho. Só. Pra mim não volta sábado. Mas é a Mangueira né…. Em 2011 voltou, tendo feito desfile de Porto da Pedra.

Tijuca – Com um enredo simples a dúvida era como Paulo Barros de comportaria. E ele se comportou com bom gosto, bom humor e uma mescla interessante de inovação e tradição. Ele é diferente, não adianta. Existe o desfile dele e o resto.  Os desfiles da Tijuca, no entanto, não são feitos pro publico sambar. As pessoas ficam o tempo todo olhando, paradas, assustadas. Mas felizes. Disputa o título sem dúvida alguma.

Grande Rio – Não gostei do samba, não acho que o enredo foi bem tratado e esperava bem mais. Luxuosa, global, cheia de artistas, mas… não “chegou a nossa hora”, como diria o enredo. Pode voltar pela grana, pela grife e pelo luxo.

Se eu fosse escolher 5 pra voltar sábado, sem critérios técnicos, seriam: Mocidade, Salgueiro, Portela, Sao Clemente e Tijuca.

Se eu fosse jurado, escolheria, agora com ordem:
1)  Tijuca
2) Mocidade
3) Portela
4) Salgueiro
5) Sao Clemente

Se eu for apostar no que os jurados vão fazer…
1) Beija Flor
2) Tijuca
3) Grande Rio
4) Portela
5) Mangueira

Aguardemos as notas. Mas como sempre digo, o que importa pra mim é que a escola foi aplaudida pelo público, que sambou com ela. O que dizem os não estes sujeitos que chamam pra avaliar, sinceramente, foda-se.

Só queria voltar sábado com a minha Mocidade. Se der, estou absolutamente satisfeito. Se não, acho injusto este ano ficar fora.

E você? Foi lá? Na TV deu Mocidade, eu vi, fiquei muito feliz. Mas o que te pareceu mais interessante? Quem leva?

Aposta ai!

abs,
RicaPerrone

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Cara a Tapa

Gabriel David: “Se a Beija-Flor cair não haverá virada de mesa”

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Filho do bicheiro Anísio da Beija-Flor e atual manda-chuva da escola, Gabriel quer mudar o carnaval. E revela como é ser filho de um dos maiores contraventores do país.

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Carnaval

Santo de casa

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Lendas urbanas são especialidade do carioca. Todo carioca tem uma história de “terror” pra contar que impressiona quem é de fora. Faz deles mais “sobreviventes”, adaptados ao perigo.

Uma das que mais ouvimos é do acordo entre bicheiros na década de 80, comandado pelo Castor, eterno patrono da minha Mocidade, que algumas escolas não poderiam ser rebaixadas nunca. Especialmente com seus patronos vivos.

Era uma lenda. Ontem passou a ter segunda temporada.

Porque? Em 18 e 17 havia um argumento, goste ou não. Mas em 2019 não há. É meramente a virada de mesa pela camisa e ponto final. De forma nua e crua, sem contestação.

Vai ficar porque vai. Porque? Porque é a Imperatriz.

Luizinho está vivo. Faz todo sentido. Não se faz justo, até pela queda do Império. Mas faz sentido dentro da lenda urbana tão replicada pelo mundo do samba em seus bastidores.

Gosto? Não. Entendo? Sim. De alguma forma, sim.  A Liga é das escolas, e elas decidem o que querem pra sua Liga. Se acham uma escola indispensável, seja por política, acordo ou pelo show, podem fazer com que as regras mudem.

Podem? Podem. As regras são delas.

Lamento? Muito. O carnaval do Rio tem se tornado um pano de fundo pra show do Luan Santana, mega camarotes de promoters celebridades, uma playboyzada que nem sabe o que está fazendo lá e um viés político idiota que nada acrescenta.  Com as viradas de mesa torna-se ainda menor a credibilidade.

Mas cá entre nós, qual a credibilidade do carnaval carioca? Em que momento de sua história ele precisou ou fez uso disso pra ser o maior espetáculo da terra?

Compramos esse evento sabendo quem estava por trás a vida toda. É um óbvio sistema onde o contraventor usa a paixão da comunidade para conquista-la, a TV compra, se torna parceira comercial, alivia pra contravenção e todo mundo sai feliz.

Quem não sabe disso?

Não gosto. Mas daí a me espantar com a decisão vai uma distância…

RicaPerrone

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Carnaval

Marielle não tem culpa

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Como a gigantesca maioria das pessoas de todo país, eu nunca tinha ouvido falar em Marielle. Quando ela morreu achei que foi um crime contra um ser humano. Não me importei com o fato dela ser de esquerda, negra, gay, mulher, usar rosa ou azul, ter cabelo liso ou ondulado.

Com os dias fui entendendo que ali nascia uma lenda socialista para uso indevido de seus pares políticos.  No enterro houve hino do socialismo. Em volta bandeiras vermelhas. E nas passeatas “pela paz” havia ideologia e campanha política. Isso gerou uma puta rejeição a uma parte das pessoas e também compreendo.

No carnaval Marielle foi citada em alguns lugares e será eternamente porque é uma representante recente da esquerda e de outras diversas pautas que não divergem entre lados, embora a esquerda tenha se apropriado de algumas brigas.

A Mangueira não fez enredo sobre Marielle. A citou. São coisas diferentes.

A Vila cita Martinho há 200 anos, ele visita o Lula na cadeia e é um petista declarado há décadas. A Beth Carvalho também é uma petista assumida, sempre citada na Mangueira. E ninguém deixou de cantar ou curtir a escola por isso.

O enredo da Mangueira cabia Marielle. A rejeição a Mangueira por cita-la é um erro, embora eu compreenda o sentimento. Mas de perto, conhecendo como conheço o carnaval, posso lhes dizer que se trata de um ambiente de gays, negros e pobres em sua maioria. E portanto eles tendem a ir pro lado que se apropriou a luta deles: a esquerda.

Eu não posso odiar Jesus Cristo por ter um bando de imbecil enchendo o saco com o nome dele.   Você não é responsável, ainda mais morto, pelo circo que fazem a sua volta.

Sim, Marielle se tornou a bandeira da hipocrisia nacional. Vide uma escola de samba que até outro dia era comandada por um criminosos ligado a traficantes e milicianos homenagear a vítima de quem fez guerra contra isso.

Mas o importante é reafirmar:  a Marielle não está fazendo nada disso. Ela está morta. Quem está fazendo show sobre caixão são outras pessoas. Quem usa droga e vai na passeata contra traficante é outra pessoa.  Os políticos que fazem discurso sobre o partido usando o corpo dela, são as piores pessoas.

A Mangueira fez o que sempre faz. Exaltou seu lado. Hipócrita? Claro! Quem não é nesse país quando abre a boca? A Tuiuti adotou um lado político pra sair do papel de figurante. É um procedimento simples e midiático em ter 30% da população engajada do que 100% dela te ignorando.

Se radicalizar pra um dos lados é mais notável do que o bom senso de centro que vê problemas e qualidades em ambos. E na dificuldade de se destacar com bom senso, se faz o show para um dos lados.

Marielle tinha boas causas. Não sei se ela “faria” o que estão fazendo com ela. Mas não podemos odiar a pedra porque a atiraram na gente. Quem atira é o problema. A pedra é só a pedra.

As causas citadas no enredo foram “roubadas” por um lado político. A estratégia dessa gente é exatamente se apropriar de lutas e classes para “obrigar” certas pessoas a estarem junto deles. É como nascer num lugar. Você é obrigatoriamente “paulista”, “carioca”.  Eles fazem isso para que você sendo mulher, negro, gay ou nordestino seja imediatamente de esquerda.  Alguns escapam, outros não.

E por isso Marielle é a bandeira deles.

Mas insisto: ela não tem culpa.

Fernando Holiday, negro, gay, de direita, sofreu um atentado a bala no seu gabinete com possibilidade enorme de ter partido de um grupo político, já que do lado de fora havia manifestação destes.

Você viu algo sobre?

Nem eu. Mas é Brasil, irmão.

Aqui o esquema é ruim só quando a gente tá fora dele. E a bala só doi se matar. Desde que mate um dos meus, é claro…

RicaPerrone

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