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Copa do Mundo

O jogo que não aconteceu

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Passadas muitas horas do fim da tragédia, consegui sentar e ver o jogo. Na verdade vi 28 minutos porque além daquilo não há nada, apenas uma interminável partida que se arrasta esperando a confirmação oficial do óbvio.

Eu não acho que o Felipão tenha acertado, mais longe ainda que ele seja menos competente do que sempre foi.  Nem desconsidero tudo que vi nos últimos 27 jogos da seleção no comando dessa comissão técnica e com quase o mesmo elenco.

Vi raça, muita vergonha na cara, um resgate foda da relação com o povo e nada disso é acaso. É trabalho.

Não, eu não gosto da forma que a seleção joga. Mas eu não me sinto no direito de achar absurdo que joguem assim no país onde cobra-se apenas resultado e que se exalta, por exemplo, o Muricybol sem “poréns”, desde que ganhe.

O Brasil jogou 20 minutos iguais contra a Alemanha. Quando a segunda bola entrou, diga-se, no segundo chute a gol deles, o que aconteceu naquele estádio é um segredo que não será justificado jamais e que ficará entre quem estava lá dentro.

Aquela bola na rede teve um impacto emocional em todas as pessoas daquele estádio incomum, indescritível, pouco provável que o futebol possa repetir um dia.

Era um alerta de “acabou” em meio a todo entusiasmo que criamos desde 2013 onde o mesmo time, sob o mesmo esquema tático, nos encheu de motivos para tal.

Agora nada presta. O que também comprova a incoerência e a necessidade de radicalizar dessa gente.

Não houve um jogo de futebol ontem onde pudessemos avaliar tática, técnica, alterações, posicionamento, nada disso. A Alemanha não faz 3×0 na seleção brasileira num jogo comum nem se jogar 20 vezes. Mas jogando aquela de ontem, e só aquela, faria.

Por 10 minutos ninguém, nem jornalistas, torcedores, treinador e menos ainda o time, conseguiu entender o segundo gol e como reagir diante dele. Houve uma pane, 6 minutos, e uma história manchada.

Não teve jogo pra ser analisado. Acho qualquer comentário tático/técnico sobre este jogo especificamente quase covarde.

Erramos por sermos, talvez, oposto ao time de 2006, emotivos demais e ligados demais ao objetivo deste trabalho.  Queriam demais, se perderam no processo não por esse ou aquele motivo em especifico, mas porque não soubemos equilibrar euforia, cobrança e rendimento.

Doeu pra caralho.  Eu nunca imaginei viver aquilo e depois conto com mais calma o que aconteceu, como vi, pra onde fui, etc.  Só quem estava lá consegue ter a dimensão do susto que nós levamos e da forma que reagimos.  Só quem viu as crianças chorando pode imaginar o que o time sentiu.

Faltou alguém cair. Faltou o jogo ser parado, uma briga, duas bolas em campo. Mas nem isso, onde Felipão é mestre, conseguimos ter cabeça pra fazer.

Eu nunca mais vou sentir o que senti ontem naquele estádio. Tanto que não suportei e sai, sem rumo, sem critério, surdo, até chegar no Rio de Janeiro quase sem saber como.

Não entro no twitter e no facebook desde então meramente para não perder a fé que tenho no meu país e nas pessoas. Não suporto ver brasileiros rindo de brasileiros, ou ignorando a dor de milhões de crianças em troca de um “eu avisei” sorrindo de canto de boca.

Fomos a semi e, como acontece em quase todas as copas, ou somos finalistas, ou perdemos pra um deles.  Humilhante, inesquecível, catastrófico, mas ainda assim só um jogo. Ou melhor, nem isso. Só um surto.

Na alegria e na dor, na saúde e na doença, até que a morte os separe.  Lembra?

Tamo junto. Sábado tem mais.

abs,
RicaPerrone

Copa do Mundo

Ranking – Copa do Mundo

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Critério simples: Ser campeão dá 200 pontos. Ser vice dá 80, pela lógica simples de que dois vices não valem um título a ninguém.  30 e 20 pontos para terceiro e quarto respectivamente.

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Copa do Mundo

Que seja combustível

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Neymar é o brasileiro da vez a ser massacrado após uma Copa que não vencemos. É um enredo chato, bobo, repetitivo e previsível de um povo apaixonado pelo fracasso e que torce contra pelo prazer de ver seu fracasso nivelado aos dos demais.

Nada novo.

A questão é o que nosso melhor jogador fará com isso em 4 anos. Dunga pegou todo o absurdo que a mídia fez com ele em 1990 e transformou em raiva e foco para em 1994 poder ver as mesmas carinhas de merda do massacre tendo que aplaudi-lo.

Outros se afundaram e sumiram. Outros brigaram contra o impossível até serem destruidos. Neymar é bem assessorado, tem pai e mãe, equipe, e provavelmente vai ouvir onde errou e onde acertou sem doses de fanatismo nem ódio.

Cai muito e faz de cada queda uma cena maior do que é. Fato. Mas faz porque foi orientado a cair pra não se machucar. É o jogador que mais apanha no mundo, disparado. Só na Copa apanhou o dobro do segundo colocado até onde foi.

Provoca, chama, prende e adora o protagonismo. Características dos polêmicos, mas também da maioria dos campeões. Campeão ele já é de quase tudo, e não dá pra dizer que não funciona seu estilo. Não estamos falando de um moleque de 16 anos começando. É de um “moleque” de 26, mas consagrado, campeão e um dos melhores do mundo.

Foi o jogador que mais tentou o gol na Copa. Estatística da FIFA. Parou nas quartas, e se não acertou em todas, foi quem mais tentou e pediu o jogo.

Talvez Neymar seja um meme pra você. Talvez você leia matérias estúpidas sobre a relação dele no vestiário do PSG de jornalistas que sequer conhecem Paris e leve a sério. Talvez você veja os fatos.

Fato é que Neymar foi pra Copa machucado, sem ritmo e inseguro. Tentou ainda assim ser o cara da seleção e foi num dos jogos. No que perdemos, deu o gol mais feito do jogo pro Coutinho em lance individual dele.

Mal? Não. Apenas não no seu nível. E seu nível é de outro planeta.

Tem 4 anos pro Neymar engolir, transformar o deboche em raiva e a raiva em foco. E em 2022 olhar pra todos como quase sempre olhou pra quem desconfiou dele até hoje por onde passou.

Neymar é um sucesso na seleção. Perto de recordes aos 26 anos, artilheiro do time, dono da 10, resolvendo olimpíadas e Copa das confederações, jogando uma Copa machucado e a outra saindo contundido até onde íamos bem.

Você vê Neymar como quiser. O importante é como ele verá tudo isso. E se ver bem, aceitando os erros e ignorando a quantidade absurda de críticas vazias, teremos um time ainda mais favorito em 2022.

Esse país massacrou Zagallo, Zico, Falcão… Acho que não é exatamente um bom pilar de credibilidade a fonte do massacre contra Neymar.

É só mais do Brasil que não funciona explicando porque nunca vai funcionar.

abs,
RicaPerrone

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Copa do Mundo

Minha seleção da Copa 2018

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Sim, é quase o time da França. Mas não é difícil entender os motivos. Numa Copa nivelada e fraca tecnicamente, sobram os mais competentes. E a França foi disparado o time mais competente da Copa.

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